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Teste II Português - Humanística

Domingo, 16.12.12

Lê atentamente o texto que se segue e responde com precisão e clareza às questões que te são colocadas.

 

De vós, senhor, quer'eu dizer verdade
e non ja sobr'o amor que vos hei:
senhor, ben moor é vossa torpidade
de quantas outras eno mundo sei;
assí de fea come de maldade
non vos vence hoje senón filha dun rei.
Eu non vos amo nen me perderei,
u vos non vir, por vós de soidade.

E se eu vosco na casa sevesse
e visse vós e a vossa color;
se eu o mundo en poder tevesse,
non vos faría de todos senhor
nen doutra cousa onde sabor houvesse.
E dũa ren seede sabedor:
que nunca foi filha d'emperador
que de beldade peor estevesse.

Todos vos dizen, senhor, con enveja,
que desamades eles e mí non.
Por Deus, vos rogo que esto non seja
nen façades cousa tan sen razón:
amade vós o que vos máis deseja,
e ben creede que eles todos son;
e se vos eu quero ben de coraçón,
leve-me Deus a terra u vos non veja.

 Pero Larouco (CBN 612; CV 214)  

1.      “De vós, senhor, quer'eu dizer verdade…” é perfeito contra-texto de uma cantiga de amor, retrato de alguém que, de superlativo, só tem defeitos.

1.1   Faz a classificação temática da cantiga, justificando adequadamente a mesma.

1.2.   Identifica o objecto da sátira e faz o retrato psicológico do mesmo.

 

2.      Sintetiza o assunto abordado, realçando os aspectos mais relevantes.

 

3.      Faz uma análise formal da cantiga.

 

4. Os servantês representam umas tantas atitudes do trovador perante a vida. Considerando as

variedades temáticas das cantigas de escárnio e de maldizer o texto da tua prova classifica-se como:

Servantês moral                                       Servantês pessoal

Sátira da soldadeira                                  Servantês político

Cruzada da Balteira                                   Tenção

4.1.   Justifica a tua escolha.

4.2.   Define servantês político e Tenção de maldizer.

 

5. Tal como a poesia lírica, a satírica do período trovadoresco tem um grande valor. Qual é o valor dessa poesia e para que serve?

 

6.      A morte do rei D. Denis foi a morte da poesia trovadoresca.

6.1.   Comenta a afirmação.

 

7.      Os reis, dada à necessidade, cada vez maior, de concentrar a vida e a discussão política, promoveram a corte a centro de cultura e da poesia.

7.1.   O que foi essa poesia?

7.2.   Quando e como surgiu?

7.3.   Fala do autor e da obra onde se encontra essa poesia reunida.

Bom Trabalho!

Prof. Mateus Monteiro

 

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Teste I 10º Ano - Vertente Lúdica da língua

Quinta-feira, 06.12.12

Lê atentamente o texto e responde ao questionário.

 

A Esperteza da Lebre

Havia uma lebre que achava que era mais esperta que todos os animais do mundo. Como desconfiava, porém, que a tchoca (galinha do mato) era mais esperta que ela e queria ter a certeza, resolveu convidá-la para irem a uma festa na casa da sua avó.

Para testar a sua esperteza, disse à tchoca haver, pelo caminho, coisas que ela não podia tocar nem comer. A tchoca concordou com isso. Enquanto caminhavam viram uma lagoa. Como estava com sede, a lebre disse à tchoca:

Olha, tenho de mergulhar na lagoa para ver se encontro o anel da minha mãe que caiu lá para o fundo quando eu e ela passámos aqui.

Está bem - disse a tchoca. Quando se atirou para a água, a lebre aproveitou para beber bastante até se fartar. Lá em cima, a tchoca também aproveitou para beber pois sabia que era impossível a lebre mergulhar sem engolir um pouco de água. De repente a lebre saiu da água e disse para a tchoca:

- Então, eu não te disse que nessa lagoa não se pode beber água?

-   Sim, disseste - confirmou a tchoca.

- Mas então porque é que tens o bico cheio de água? - retorquiu a lebre.

- E tu? Também tens a boca molhada ² disse-lhe a tchoca.

A lebre percebeu que era difícil enganar a sua companheira e lá continuaram a viagem. Assim que chegaram a uma floresta, a lebre pensou que ia conseguir enganar a tchoca. Mas, como havia muitos mosquitos na floresta, e estava a ser mordida ela disse à galinha:

- Bem, assim que chegar a casa vou pedir óleo de palma à minha mãe para espalhar pelo corpo.

Enquanto ia falando, a lebre ia batendo no corpo para explicar onde colocaria o óleo e assim ia matando os mosquitos. Então a tchoca respondeu:

- Vais me oferecer um pouco para eu pôr aqui, aqui e aqui.

Deste modo a tchoca aproveitava também para matar os mosquitos.

A lebre percebeu que afinal não era a mais inteligente de entre todos os animais e contou à tchoca qual era o seu plano, concluindo assim que não era a mais esperta.

Disponível em: http://omundomoraaqui.blogspot.com; acessado em 01-11-012

 

 

 

1.       Identifica e caracteriza psicologicamente as personagensdo texto.

2.       Contrariamente à maioria dos contos, em “A esperteza da Lebre” o protagonismo é dividido entre duas personagens.

2.1.    Concordas com a afirmação? Justifica.

3.       Classifica este conto, atendendo à variedade e tipologia temática. Justifica.

4.       Retira do texto os exemplos que nos permitem definir o tempo e o espaço.

5.       Tira conclusões quanto a essas duas categorias da narrativa, no conto popular.

6.       O texto apresenta várias marcas de oralidade.

6.1.    Retira do texto três exemplos dessas marcas.

7.       Tal como a maioria dos contos populares, este também encerra uma moral.

7.1.    Refere-a, fundamentando a tua posição.

8.       Que características estão presentes neste texto que nos permitem afirmar que se trata de um conto tradicional? (Considera também, para o efeito, a estrutura do conto, género do modo narrativo).

constituem a arquitectura do conto tradicional.

10.   Verdadeiro ou falso?

    • Da tradição oral fazem parte os provérbios, para além das adivinhas, das lendas, das cantigas (de trabalho) e dos contos tradicionais.
    • Os textos da tradição oral são transmitidos através da escrita.
    • Adivinhas, contos populares e provérbios têm sempre um autor que é identificado.
    • Uma das funções destes textos é o entretenimento, durante o convívio entre pessoas de diferentes gerações.
    • Trata-se de um repertório muito significativo para um povo, já que encerra e perpetua um conjunto de ensinamentos morais.
    • As crianças e os jovens só começam a contactar com este tipo de textos quando já sabem ler e escrever.

11. Comenta a seguinte afirmação:

“O conto popular enraíza-se na tradição, é a memória colectiva de um povo, perpectuada através da oralidade.”

12.   Selecciona, de entre as afirmações seguinte, as que constituem características do modo oral:

  • Frases geralmente mais longas.
  • Ordenação mais lógica da mensagem, com frases completas e articuladas.
  • Predomínio das frases simples e coordenadas.
  • Transmissão e recepção imediata da mensagem.
  • Locutor e destinatário estão num contexto idêntico.
  • Entoação, ritmo, acento de intensidade.
  • Uso de pontuação e de sinais gráficos auxiliares, mas que não podem reproduzir exactamente a entoação, o ritmo, o acento de intensidade do oral.
  • Uso mais frequente de subordinação.
  • Frases curtas.
  • Frases incompletas cortadas por suspensões e repetições.
  • Emprego de gestos e mímica.
  • Transmissão e recepção diferida da mensagem.
  • Maior necessidade de referência à situação em que ocorre a mensagem.
  • Descrição de gestos e mímicas.

Bom Trabalho!

Prof. Mateus Monteiro

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por Mateus Monteiro às 12:37

Teste I Comunicação & Expressão

Quinta-feira, 06.12.12

Grupo I

Lê atentamente todo o texto. Depois responde, com precisão e de forma directa, às questões apresentadas, documentando as afirmações que fizeres.

 

O ACTO DE COMUNICAR

Ainda hoje não é fácil explicar o aparecimento do homem no Mundo. A Bíblia, nos capítulos 1 e 2 do Génesis, afirma que todos os seres foram sucessivamente criados e que o homem foi formado a partir do pó da terra. Esta ideia levou a que muitos biólogos acreditassem que cada espécie de ser era única e que não havia evoluções nem mutações. Darwin[1], seguido por outros cientistas, mostrou que houve uma transição lenta para o ser humano, tal como o entendemos nos nossos dias.

A origem do acto de comunicar também carece de explicação, e ape­nas se pode imaginar relacionada com o surgimento do Universo. Se olharmos para os animais, que comunicam por sons e por gestos, e para várias plantas, que parecem indiciar atitudes de defesa ou de agrado, tal­vez consigamos imaginar a história da língua. Certamente, o homem, com a capacidade de raciocínio, desenvolveu essas manifestações comu­nicativas e associou-as a outras para exprimir factos e interpretar o mundo e os fenómenos que não tinham uma explicação imediata.

   

As necessidades criadas pela vida no meio de seres mais ferozes, a organização de famílias, a convivência, a identidade individual e na vida comunitária, bem como a inteligência social levaram o homem a tornar­-se um ser comunicante, capaz de pôr em comum informações, pensamentos, ideias e sentimentos. E embora a linguagem primitiva fosse, pro­vavelmente, constituída por simples gestos ou sons, sabe-se que, através dos tempos, o homem procurou enriquecer a sua comunicação suge­rindo novos significados e descobrindo novos vocábulos de acordo com as questões levantadas pela vida e pela sociedade em que se insere.

 

 1.      De que nos fala o texto “O acto de comunicar”?

1.1.   Indica alguns elementos que permitam imaginar a história da comunicação.

1.2.   Identifica as razões que levaram o homem a comunicar.

2.      Há no texto uma definição de comunicação.

2.1.   Escolhe a expressão que consideras mais apropriada.

3.      O homem e a comunicação evoluíram. A linguagem sofreu, obrigatoriamente, transformações.

3.1.   Explica essas modificações.

4.      A comunicação que se realizada através deste texto é:

4.1.     –   uma comunicação verbal

 

4.2.     –   uma comunicação não verbal

 

4.3.     –   um enunciado oral

 

4.4.     –   uma comunicação interlocutiva

 

4.5.     –   uma comunicação monolocutiva.

 

5.      São verdadeiras ou falsas as seguintes afirmações:

A língua   é o meio através do qual falamos, pensamos e escrevemos; tem um valor muito grande   na sociedade.

 
 Comunicação verbal é “Aquilo que se diz”: expressão de ideias, desejos, opiniões, crenças, valores, etc.  

Comunicamos através do silêncio, dos gestos, das posturas, das expressões faciais, do vestuário

 

5.1.   Justifica, à tua escolha, uma das afirmações.

6.      Estabelece a ligação entre o termo e o conceito:

Perturbação que afecta a transmissão do sinal.

 

Interlocutor

Entidade a quem   se dirige a enunciação e que nela toma parte.

 

Canal

Sistema de significados comum aos membros de uma   cultura ou subcultura.

 

Ruído

Meio físico pelo qual o sinal é transmitido.

 

Código

A   compreensão/captação da mensagem. O entendimento.

 

Descodificação

 

Grupo II

Texto 2

 

- Alô, quem fala?
  - Ninguém. Quem fala é você que está a perguntar quem fala.
  - Mas eu preciso saber com quem estou a falar.
  - E eu preciso saber antes a quem estou respondendo.
  - Assim não dá. Faz-me o obséquio de dizer quem fala?
  - Todo mundo fala, meu amigo, desde que não seja mudo.
  - Isso eu sei, não precisava de me dizer como novidade. Eu queria saber é   quem está no aparelho.
  - Ah, sim. No aparelho não está ninguém.
  - Como não está, se você está a responder-me?
  - Eu estou fora do aparelho. Dentro do aparelho não cabe ninguém.
  - Engraçadinho. Então, quem está fora do aparelho?
  - Agora melhorou. Estou eu, para servi-lo.
  - Não parece. Se fosse para me servir já teria dito quem está falando.
  - Bem, nós dois estamos falando. Eu de cá, você de lá. E um não conhece o   outro...

Diálogo de todo dia (Excerto adaptado), Carlos Drummond de Andrade

 1.        Na troca conversacional entre os dois interlocutores são realizados alguns actos de fala.

1.1.      Selecciona na lista que se segue, exemplificando com passagens do texto, aqueles que achares adequados:

  1.   Informar;
  2.   Opinar;
  3.   Perguntar;
  4.   Pedir;
  5.   Relatar;
  6.   Cumprimentar;
  7.   Comentar;
  8.   Lamentar.
     
       

1.2.     Como se define um acto de fala?

2.       Sabendo que toda a troca conversacional tem um objectivo último a atingir, identifica a intenção comunicativa do sujeito que fez a ligação telefónica.

3.       Analisa as falas dos interlocutores tendo em conta as regras de interacção ou os princípios que guiam a interacção discursiva.

4.      Considera as falas seguintes e comenta a afirmação em 4.1:

(A) - Assim não dá. Faz-me o obséquio de dizer quem fala?

(B) - Todo mundo fala, meu amigo, desde que não seja mudo.

4.1.    “Tenta interpretar as enunciações de acordo com o que o enunciador quis dizer.”

5.       Actos directos e actos indirectos são uma outra distinção que se faz no interior da teoria dos actos de fala.

5.1.     Classifica neste sentido, justificando, os enunciados que se seguem:

(A)   Alô, quem fala?

(B)   Faz-me o obséquio de dizer quem fala?

6.      Assinala (P) para os pressupostos e (S) para os subentendidos da passagem abaixo. Em seguida, sublinha/enfatiza a parte do texto que autoriza a implicatura.

Os meus vizinhos enriqueceram vendendo carros usados.

(      )   Os vizinhos não eram ricos.

(      )   Comercializar carros é um bom negócio.

(      )   O falante tem vizinhos.

(      ) Carros usados são mais baratos que os   novos.

 

 

Bom Trabalho!

Prof. Mateus Monteiro


[1] Charles Darwin (1809-1882) foi um cientista que estudou a origem e a evolução das espécies.

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