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"Quem não se comunica se trombica!" A comunicação será tão mais eficiente quanto melhor for a interação entre a razão e a emoção. Este é um espaço nada formal onde qualquer ideia é válida e nenhum comentário será descartado.
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Lê atentamente o texto que se segue e responde com precisão e clareza às questões que te são colocadas.
De vós, senhor, quer'eu dizer verdade
e non ja sobr'o amor que vos hei:
senhor, ben moor é vossa torpidade
de quantas outras eno mundo sei;
assí de fea come de maldade
non vos vence hoje senón filha dun rei.
Eu non vos amo nen me perderei,
u vos non vir, por vós de soidade.
E se eu vosco na casa sevesse
e visse vós e a vossa color;
se eu o mundo en poder tevesse,
non vos faría de todos senhor
nen doutra cousa onde sabor houvesse.
E dũa ren seede sabedor:
que nunca foi filha d'emperador
que de beldade peor estevesse.
Todos vos dizen, senhor, con enveja,
que desamades eles e mí non.
Por Deus, vos rogo que esto non seja
nen façades cousa tan sen razón:
amade vós o que vos máis deseja,
e ben creede que eles todos son;
e se vos eu quero ben de coraçón,
leve-me Deus a terra u vos non veja.
Pero Larouco (CBN 612; CV 214)
1. “De vós, senhor, quer'eu dizer verdade…” é perfeito contra-texto de uma cantiga de amor, retrato de alguém que, de superlativo, só tem defeitos.
1.1 Faz a classificação temática da cantiga, justificando adequadamente a mesma.
1.2. Identifica o objecto da sátira e faz o retrato psicológico do mesmo.
2. Sintetiza o assunto abordado, realçando os aspectos mais relevantes.
3. Faz uma análise formal da cantiga.
4. Os servantês representam umas tantas atitudes do trovador perante a vida. Considerando as
variedades temáticas das cantigas de escárnio e de maldizer o texto da tua prova classifica-se como:
Servantês moral Servantês pessoal
Sátira da soldadeira Servantês político
Cruzada da Balteira Tenção
4.1. Justifica a tua escolha.
4.2. Define servantês político e Tenção de maldizer.
5. Tal como a poesia lírica, a satírica do período trovadoresco tem um grande valor. Qual é o valor dessa poesia e para que serve?
6. A morte do rei D. Denis foi a morte da poesia trovadoresca.
6.1. Comenta a afirmação.
7. Os reis, dada à necessidade, cada vez maior, de concentrar a vida e a discussão política, promoveram a corte a centro de cultura e da poesia.
7.1. O que foi essa poesia?
7.2. Quando e como surgiu?
7.3. Fala do autor e da obra onde se encontra essa poesia reunida.
Bom Trabalho!
Prof. Mateus Monteiro
Lê atentamente o texto e responde ao questionário.
A Esperteza da Lebre
Havia uma lebre que achava que era mais esperta que todos os animais do mundo. Como desconfiava, porém, que a tchoca (galinha do mato) era mais esperta que ela e queria ter a certeza, resolveu convidá-la para irem a uma festa na casa da sua avó.
Para testar a sua esperteza, disse à tchoca haver, pelo caminho, coisas que ela não podia tocar nem comer. A tchoca concordou com isso. Enquanto caminhavam viram uma lagoa. Como estava com sede, a lebre disse à tchoca:
Olha, tenho de mergulhar na lagoa para ver se encontro o anel da minha mãe que caiu lá para o fundo quando eu e ela passámos aqui.
Está bem - disse a tchoca. Quando se atirou para a água, a lebre aproveitou para beber bastante até se fartar. Lá em cima, a tchoca também aproveitou para beber pois sabia que era impossível a lebre mergulhar sem engolir um pouco de água. De repente a lebre saiu da água e disse para a tchoca:
- Então, eu não te disse que nessa lagoa não se pode beber água?
- Sim, disseste - confirmou a tchoca.
- Mas então porque é que tens o bico cheio de água? - retorquiu a lebre.
- E tu? Também tens a boca molhada ² disse-lhe a tchoca.
A lebre percebeu que era difícil enganar a sua companheira e lá continuaram a viagem. Assim que chegaram a uma floresta, a lebre pensou que ia conseguir enganar a tchoca. Mas, como havia muitos mosquitos na floresta, e estava a ser mordida ela disse à galinha:
- Bem, assim que chegar a casa vou pedir óleo de palma à minha mãe para espalhar pelo corpo.
Enquanto ia falando, a lebre ia batendo no corpo para explicar onde colocaria o óleo e assim ia matando os mosquitos. Então a tchoca respondeu:
- Vais me oferecer um pouco para eu pôr aqui, aqui e aqui.
Deste modo a tchoca aproveitava também para matar os mosquitos.
A lebre percebeu que afinal não era a mais inteligente de entre todos os animais e contou à tchoca qual era o seu plano, concluindo assim que não era a mais esperta.
Disponível em: http://omundomoraaqui.blogspot.com; acessado em 01-11-012
1. Identifica e caracteriza psicologicamente as personagensdo texto.
2. Contrariamente à maioria dos contos, em “A esperteza da Lebre” o protagonismo é dividido entre duas personagens.
2.1. Concordas com a afirmação? Justifica.
3. Classifica este conto, atendendo à variedade e tipologia temática. Justifica.
4. Retira do texto os exemplos que nos permitem definir o tempo e o espaço.
5. Tira conclusões quanto a essas duas categorias da narrativa, no conto popular.
6. O texto apresenta várias marcas de oralidade.
6.1. Retira do texto três exemplos dessas marcas.
7. Tal como a maioria dos contos populares, este também encerra uma moral.
7.1. Refere-a, fundamentando a tua posição.
8. Que características estão presentes neste texto que nos permitem afirmar que se trata de um conto tradicional? (Considera também, para o efeito, a estrutura do conto, género do modo narrativo).
constituem a arquitectura do conto tradicional.
10. Verdadeiro ou falso?
11. Comenta a seguinte afirmação:
“O conto popular enraíza-se na tradição, é a memória colectiva de um povo, perpectuada através da oralidade.”
12. Selecciona, de entre as afirmações seguinte, as que constituem características do modo oral:
Bom Trabalho!
Prof. Mateus Monteiro
Grupo I
Lê atentamente todo o texto. Depois responde, com precisão e de forma directa, às questões apresentadas, documentando as afirmações que fizeres.
O ACTO DE COMUNICAR
Ainda hoje não é fácil explicar o aparecimento do homem no Mundo. A Bíblia, nos capítulos 1 e 2 do Génesis, afirma que todos os seres foram sucessivamente criados e que o homem foi formado a partir do pó da terra. Esta ideia levou a que muitos biólogos acreditassem que cada espécie de ser era única e que não havia evoluções nem mutações. Darwin[1], seguido por outros cientistas, mostrou que houve uma transição lenta para o ser humano, tal como o entendemos nos nossos dias.
A origem do acto de comunicar também carece de explicação, e apenas se pode imaginar relacionada com o surgimento do Universo. Se olharmos para os animais, que comunicam por sons e por gestos, e para várias plantas, que parecem indiciar atitudes de defesa ou de agrado, talvez consigamos imaginar a história da língua. Certamente, o homem, com a capacidade de raciocínio, desenvolveu essas manifestações comunicativas e associou-as a outras para exprimir factos e interpretar o mundo e os fenómenos que não tinham uma explicação imediata.
As necessidades criadas pela vida no meio de seres mais ferozes, a organização de famílias, a convivência, a identidade individual e na vida comunitária, bem como a inteligência social levaram o homem a tornar-se um ser comunicante, capaz de pôr em comum informações, pensamentos, ideias e sentimentos. E embora a linguagem primitiva fosse, provavelmente, constituída por simples gestos ou sons, sabe-se que, através dos tempos, o homem procurou enriquecer a sua comunicação sugerindo novos significados e descobrindo novos vocábulos de acordo com as questões levantadas pela vida e pela sociedade em que se insere.
1. De que nos fala o texto “O acto de comunicar”?
1.1. Indica alguns elementos que permitam imaginar a história da comunicação.
1.2. Identifica as razões que levaram o homem a comunicar.
2. Há no texto uma definição de comunicação.
2.1. Escolhe a expressão que consideras mais apropriada.
3. O homem e a comunicação evoluíram. A linguagem sofreu, obrigatoriamente, transformações.
3.1. Explica essas modificações.
4. A comunicação que se realizada através deste texto é:
4.1. – uma comunicação verbal |
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4.2. – uma comunicação não verbal |
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4.3. – um enunciado oral |
|
4.4. – uma comunicação interlocutiva |
|
4.5. – uma comunicação monolocutiva. |
|
5. São verdadeiras ou falsas as seguintes afirmações:
A língua é o meio através do qual falamos, pensamos e escrevemos; tem um valor muito grande na sociedade. |
|
Comunicação verbal é “Aquilo que se diz”: expressão de ideias, desejos, opiniões, crenças, valores, etc. | |
Comunicamos através do silêncio, dos gestos, das posturas, das expressões faciais, do vestuário |
5.1. Justifica, à tua escolha, uma das afirmações.
6. Estabelece a ligação entre o termo e o conceito:
Perturbação que afecta a transmissão do sinal. |
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Interlocutor |
Entidade a quem se dirige a enunciação e que nela toma parte. |
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Canal |
Sistema de significados comum aos membros de uma cultura ou subcultura. |
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Ruído |
Meio físico pelo qual o sinal é transmitido. |
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Código |
A compreensão/captação da mensagem. O entendimento. |
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Descodificação |
Grupo II
Texto 2
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- Alô, quem fala? Diálogo de todo dia (Excerto adaptado), Carlos Drummond de Andrade |
1. Na troca conversacional entre os dois interlocutores são realizados alguns actos de fala.
1.1. Selecciona na lista que se segue, exemplificando com passagens do texto, aqueles que achares adequados:
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|||
1.2. Como se define um acto de fala?
2. Sabendo que toda a troca conversacional tem um objectivo último a atingir, identifica a intenção comunicativa do sujeito que fez a ligação telefónica.
3. Analisa as falas dos interlocutores tendo em conta as regras de interacção ou os princípios que guiam a interacção discursiva.
4. Considera as falas seguintes e comenta a afirmação em 4.1:
(A) - Assim não dá. Faz-me o obséquio de dizer quem fala?
(B) - Todo mundo fala, meu amigo, desde que não seja mudo.
4.1. “Tenta interpretar as enunciações de acordo com o que o enunciador quis dizer.”
5. Actos directos e actos indirectos são uma outra distinção que se faz no interior da teoria dos actos de fala.
5.1. Classifica neste sentido, justificando, os enunciados que se seguem:
(A) – Alô, quem fala?
(B) – Faz-me o obséquio de dizer quem fala?
6. Assinala (P) para os pressupostos e (S) para os subentendidos da passagem abaixo. Em seguida, sublinha/enfatiza a parte do texto que autoriza a implicatura.
Os meus vizinhos enriqueceram vendendo carros usados.
( ) Os vizinhos não eram ricos. |
( ) Comercializar carros é um bom negócio. |
( ) O falante tem vizinhos. |
( ) Carros usados são mais baratos que os novos. |
Bom Trabalho!
Prof. Mateus Monteiro
[1] Charles Darwin (1809-1882) foi um cientista que estudou a origem e a evolução das espécies.
Bom dia quem tem acesso a correção do teste I . Ma...
Boa tarde eu queria ter acesso a correção por favo...
Gostei dos Teste. É possível ter acesso a grelha, ...
O texto ato comunicar e que tipo de comunicação qu...
Quero coreção do teste 1 e 2